Muito tem se debatido em vários
grupos de redes sociais sobre a não ampliação do número de vagas nos cursos de
CAP e CAEP à distância. No entanto muitos poucos sabem a verdadeira razão da
não implementação de tais cursos e por que. Vamos tentar ser sintéticos e dar o
verdadeiro norte desse imbróglio. Mas antes é preciso que saibam que meios e
recursos para tal nós temos oriundos do Fundo Constitucional de Segurança
Pública (FCDF).
Depois de consultar vários
oficiais superiores que sempre estiveram ligados à parte administrativa da
PMDF, vamos utilizar um método diferenciado de matéria de forma a que todos
entendam o propósito. Serão perguntas e respostas que levarão todos a
concluírem o porquê dessa questão.
1ª) Como pode ser avaliado os motivos por quais a PMDF não aumentou as
vagas para os Cursos de Aperfeiçoamento de Praças (CAP) e Curso de Altos
Estudos (CAEP):
Por duas simples razões. O baixo efetivo fez
com que o comando da corporação optasse por curso à distância, ou seja, o
Policial Militar faz o devido curso sem se ausentar da escala de Serviço e da
atividade fim. No entanto, beneficia minoria em detrimento da maioria.
2ª) 0 Por que de não aumentar as vagas
O não aumento das vagas deve-se ao fato de
que o orçamento não prevê e não comporta os recursos que seriam gastos para
pagar o acréscimo no soldo do valor correspondente à conclusão do curso.
Deixaram de fazer esses cálculos a cada ano anterior.
3ª) Qual seria a solução para que esse imbróglio se resolvesse
Para isso será necessário entender como
funciona o orçamento anual da corporação. Ele é aprovado em julho de cada ano e
aplicado em janeiro do ano subsequente. Começa a ser planejado em julho do ano
anterior até o final do ano em exercício. Assim sendo, o planejamento para 2016
já havia sido efetuado e sem possibilidades de mudanças. Ao que tudo indica, já
planejado.
A)
Para 2017, em seu orçamento, a Polícia Militar deve
alocar recursos necessários no campo “pagamento de pessoal” prevendo o número
máximo de policiais que devem ou deveriam fazer os respectivos cursos de CAP e
CAEP.
B)
Realizar os cursos em Novembro e Dezembro de 2016, com
término entre os dias 23 e 26 de dezembro, pois no dia da promoção prevista
para 26 de dezembro do ano em curso todos estariam HABILITADOS e os valores
correspondentes seriam pagos com recursos do ano de 2017 já que a folha de
pagamento fecha no dia 10 de dezembro do ano em curso.
C)
As vagas de Agosto que dependessem desses recursos seriam
fechadas em dezembro do ano corrente, visto que devem, em poucos, por falta de
candidatos habilitados.
4ª) E a solução DEFINITIVA, qual seria
Em
princípio o comando da corporação deverá adotar algumas práticas que seriam
necessárias a essa complementação. Primeiro deve entender que seus integrantes
são membros da força do Estado e não do Governo.
1)
Verificar quantos
estão e em condições de frequentar os cursos esse ano e em 2017.
2)
Calcular o impacto
financeiro que esses cursos ocasionarão aos recursos do Fundo Constitucional
(FCDF), já disponível.
3)
Alocar esses
recursos no planejamento orçamentário de 2017.
4)
Incluir no PAC
(Planejamento Anual de Cursos) esses cursos para 2017.
Como explicitado acima, podemos
ver e avaliar que tudo dependerá de uma grande intenção politica e
institucional. Cabe ao Chefe da Casa Militar e ao Comandante da PMDF
estabelecerem cronogramas e levarem ao conhecimento do governador Rodrigo
Rolemberg. E ele, óbvio, deve entender e aprovar tais medidas sob risco de ter
uma tropa mais desmotivada ainda.
Além disso, não podemos descartar
que dois motivos foram fundamentais para que chegássemos aonde chegamos.
Primeiro a falta de interesse de comandantes em valorizar seu policial e
segundo a falta de vontade política para a prática do tema.
O baixo efetivo fez com que o
comando optasse por cursos à distância, porém não foram suficientemente capazes
de mostrar a realidade ao governador e defender sua classe, até porquê o número
das estatísticas falam mais alto na hora de dar uma resposta à sociedade.
Outro detalhe importante, e que
muitos bravejam, mas não entendem, é o fato de que o não aumento das vagas para
os cursos de CAP e CAEP deve-se ao fato de não ter havido uma avaliação prévia.
Os recursos alocados em 2015 não comportam o que seria pago em 2016 para que
esses cursos fossem realizados e suas conclusões.
5ª) Temos soluções que atenda a
PMDF e aos praças da PMDF
Bom, para isso é preciso que se
entenda como funciona o orçamento da PMDF anualmente. Ele é aprovado em julho
do ano anterior e aplicado no ano seguinte a partir de janeiro. O orçamento de
2017 começará a ser planejado pela PMDF em julho deste ano (2016) até dezembro
vindouro. Assim sendo, as sugestões são.
A) No
orçamento de 2017 a Polícia Militar deve alocar recursos necessários no campo
“Pagamento de Pessoal” prevendo o número de policiais que deverão fazer os
cursos de CAP e CAEP;
B) Realizar
esses cursos em Novembro e Dezembro de 2016, com término, impreterivelmente,
entre os dias 20 e 23 de dezembro de 2016. Com isso, no dia da promoção
prevista para os dias 20 e 26 de dezembro todos estariam habilitados e os
recursos provenientes para essas habilitações seriam estabelecidos em 2017, já
que a folha fecha em dezembro de 2016.
C) Em
suma, as vagas de agosto de 2016 que dependessem desses cursos seriam
efetivadas em dezembro de 2016.
Na verdade e por mais que
discordem, só existe um parâmetro capaz de resolver essa situação, a vontade
política de comando e governo. Sem esses pilares não haverá solução e, pior,
agravará a cada dia a situação funcional dentro das casernas.
A Polícia Militar através de seu
comandante deverá, a bem da maioria:
1) Verificar
quantos farão os cursos este ano de 2016 e em 2017.
2) Calcular
o impacto financeiro e encaminhar o GDF para inclusão nas planilhas de custo do
FCDF (Fundo Constitucional do Distrito Federal)
3) Alocar
recursos no planejamento de 2017
4) E
incluir nos Planejamento Anual de Ensino (PAE) de 2017 os cursos.
Estão vendo como a coisa é muito
mais simples do que imaginamos. Na verdade nunca houve ou haverá vontade
política para que tais benefícios atinjam a maioria, AS PRAÇAS, a não ser que
cobremos isso. Quanto mais estiverem submissos e divididos, melhor a todos.
Reuniões e mais reuniões com quem
não define e decide nada não nos levará a nada. Temos que aprender primeiro a
conhecer nossa própria legislação e até onde podemos ir e cobrar. Reconheço no
atual comandante uma pessoa centrada e capaz de resolver muita coisa na
caserna. Mas aí vai a pergunta: Atender ao governo ou ao seu público. Eis a
questão....
Por Poliglota...
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