647 PMs e 113
agentes civis prestam serviço a órgãos do Governo do Distrito Federal e do
Executivo federal. Enquanto isso, as duas corporações sofrem com o deficit de
servidores. Somada, a defasagem chega a cerca de 7,5 mil profissionais
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Na assinatura do
decreto para criar a delegacia, Rollemberg disse que, até fevereiro, chamará
100 agentes |
Enquanto sindicatos que
representam profissionais das forças de segurança reclamam de deficit no
contingente, as polícias Militar e Civil do Distrito Federal alimentam um vício
recorrente: a cessão de servidores. O relatório referente ao quadro de pessoal
em dezembro, publicado no Diário Oficial do Distrito Federal na última
quarta-feira, mostra 647 PMs desviados de função. Do total, 468 estão em outros
setores do Governo do Distrito Federal (GDF) e 179 no governo federal (leia
Defasagem). Isso sem contar os militares que não fazem policiamento externo,
como são os casos do 12º BPM (Batalhão Judiciário) e do 19º BPM, responsável
pela segurança do Complexo Penitenciário da Papuda.
Na Polícia Civil, há 113
servidores fora da atividade-fim: 76 prestam serviço para o Executivo local e
37, para o federal. Somando as duas corporações, chega-se a 760 profissionais
desviados de função. Todas as informações constam em relatório da Secretaria de
Planejamento, Orçamento e Gestão do DF (Seplag), divulgado a cada trimestre. O
mais recente deles é de 20 de janeiro.
Os dados expõem a
dificuldade das duas corporações em um momento em que a população sofre com
casos frequentes de roubos a casas, coletivos e comércios. Na manhã de ontem,
cerca de 100 agentes civis se reuniram em frente ao Palácio do Buriti para
reivindicar a posse de candidatos aprovados em concurso. O ato ocorreu no
momento em que o governador Rodrigo Rollemberg assinava o decreto de criação da
Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa
ou por Orientação Sexual ou contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (leia
reportagem ao lado).
Segundo o Sindicato dos
Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol/DF), o efetivo da corporação é de
4.815 profissionais nos sete cargos: agente, escrivão, papiloscopista, agente
policial de custódia, perito criminal, perito médico legista e delegado. “Há um
deficit de 4 mil pessoas e são 424 aprovados no último concurso”, alertou o
presidente do Sinpol/DF, Rodrigo Franco.
No total, o efetivo da Polícia Militar é de 14.477. Fontes ouvidas pelo Correio
apontam que a defasagem de PMs chega a cerca de 3,5 mil. Os militares cedidos
para outras funções, segundo a Comunicação Social da corporação, estão alocados
no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República; na
Casa Militar do GDF; na Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social do DF;
no Ministério Público do DF e Territórios; e no Ministério Público Eleitoral.
Nesses órgãos, eles atuam
como ajudantes de ordem, fazem a segurança do governador e, principalmente,
auxiliam órgãos dos Executivos local e federal. Ou seja: deixam a função
original, de policiamento externo, para atender a necessidade governamental. Em
2014, de acordo com a corporação, eram 941 militares fora do serviço de rua:
689 praças e 252 oficiais. Em 8 de janeiro, o comandante da PM colocou de volta
às ruas 600 policiais que estavam em serviço administrativo.
Escassez
de pessoal
O assessor do Centro de
Comunicação Social da PM, capitão Michello Bueno, alega que o número de
policiais cedidos a outros setores não causa deficit. “O valor é ínfimo. Dá
menos de 5%, e eles ainda trabalham em áreas ligadas à Polícia Militar e à
segurança pública, como os que estão na Secretaria de Segurança Pública e na
Agefis. Acabam que atuam na mesma função, como se estivessem na PM”, defendeu.
Em relação aos batalhões
Judiciário e da Papuda, Michello afirmou que eles também têm atuação externa.
“Existe o serviço ordinário nessas unidades. São trabalhos extras nas ruas,
assim como os militares de tropas especializadas, como o Batalhão de Choque,
que fazem o apoio.”
A Polícia Civil informou,
por e-mail, que “a cessão é um ato do governador do DF”. O secretário adjunto
da Seplag, Renato Brown, disse que o deficit de 113 agentes precisa ser
analisado com cuidado. “Parte desse pessoal está cedido para o próprio governo
e para órgãos de segurança assemelhados, como Secretaria de Justiça e o
Ministério da Justiça”, detalhou.
Na avaliação do consultor em
segurança pública George Felipe Dantas, o desvio de função ocorre mais pela
demanda do que pela oferta. “Evidentemente, isso produz efeitos políticos
sensíveis em tempo de escassez de pessoal na atividade-fim. PMs nunca são
suficientes no policiamento ostensivo”, considerou.
Fonte: Correio Braziliense
Não vejo nenhuma novidade. Ora em todos os governos teve policiais requisitados, inclusive no seu DEM Poliglota, então, não sei o pq da polêmica.
ResponderExcluirJá fez essa pergunta ao Correio Braziliense, nobre amigo? E desde quando Partido Político é ÓRGÃO PÚBLICO?
ExcluirAbraços,
Me referi ao governo do DEM com o Arruda Poliglota.
ExcluirPensei que vc fosse entender.
Cada dia eu me convenço mais de que o Brasil vive uma crise, sem precedentes na história, de lideranças políticas capaz de administrar o país. Infelizmente, essa escassez de líderes políticos competentes atinge todos os níveis da administração pública. Como vemos: o país não tem comando porque a presidente é incompetente e está absolutamente comprometida nos escândalos de corrupção noticiado todos os dias; a maioria dos governadores de estados e do DF não vem correspondendo minimamente às expectativas da sociedade, pois não prestam os serviços públicos básicos que são de suas responsabilidade como: atendimento mínimo de saúde, transporte público e segurança pública; e os prefeitos por sua vez, nem se fala, é uma tragédia maior ainda, pois dizem que não dispõem de recursos para limpeza pública, saúde, conservação das vias públicas, etc, etc. Enfim, o país está uma calamidade de cima abaixo, em todos os níveis de governo e desse jeito não há como o país crescer e se desenvolver. Ao contrário, está se definhando cada dia e não há nenhum indicativo de mudança desse quadro. Muito pelo contrário, os indicativos são de agravamento mais profundo dessa calamidade que vive o país. Isso é o reflexo da manutenção de uma corja de ladrões no poder central. Saquearam o Brasil e cedo ou tarde isso explodiria. Quero ver nas próximas eleições se ainda terão coragem de dizer que "mudaram o Brasil"? Poderão dizer que afundaram o País, porque isso é o que fizeram.
ResponderExcluirEnquanto a SSP for dominada pela PCDF vamos continuar patinando em termos de segurança pública, aquilo não passa de um cabidão de empregos onde cada um só pensa em si
ResponderExcluirCRIOU-SE NO 8º BPM O "SISTEMA BROTHER" DE VOLUNTÁRIOS, ONDE AS VAGAS SÃO DESTINADAS PRIORITARIAMAENTE AOS CHAMADOS "BROTHERES", AQUELES QUE TÊM O TELEFONE DO "ESCALANTE" E DOS SEUS AUXILIARES.É SÓ VER A DISPARIDADE ENTRE OS NÚMEROS DE VOLUNTÁRIOS TIRADOS E HORÁRIOS. POLICIAIS COM ATÉ 8 VOLUNTÁRIOS MENSAIS, OUTROS QUE NÃO SÃO BROTHERS COM 2, E AQUELES AFORTUNADOS PELA GLÓRIA DIVINA, COM 3. ACHEI QUE A AUTOMATIZAÇÃO DO SISTEMA DO VOLUNTÁRIO FOSSE PARA DAR ISONOMIA E IMPESSOALIDADE A ESTE SERVIÇO, COMO REZA AS REGRAS DO FUNCIONARISMO PÚBLICO, OU NESTE BATALHÃO NÃO HÁ ESSA REGRA,SERIA O 8º BPM, UMA REDE PRIVADA?! ESCALAS SÃO GERADAS ÀS 5:30H DA MADRUGADA, ÀS 4:00H DA MANHÃ.ORA, COMO PODE ISSO?! O HORÁRIO DO EXPEDIENTE É DE 07H ÀS 13H OU 13H ÀS 19H.ESCALAS GERADAS FORA DESSE HORÁRIO FEREM ÀS REGRAS ÉTICAS DO SERVIÇO PÚBLICO. ESCALANTE LIGANDO PARA OS BROTHERES PARA DIZER QUE HÁ VAGAS, QUE VAI LANÇAR AS OPÇÕES NO SISTEMA.ISSO É LEGAL? O COMANDANTE SABE? ACREDITO QUE UMA SEÇÃO QUE MEXE COM DINHEIRO, COM A VIDA DE TRABALHADORES DEVERIA TER O MÍNIMO DE ÉTICA. TALVEZ O MINISTERIO PÚBLICO DEVA SABER DISSO E VER AS FOTOS DAS ESCALAS,ALIÁS TENHO PRINTS DOS HORÁRIOS INSOLITOS 5H E 4H DA MANHÃ?! FALA SÉRIO!COMANDANTE MUDE OS POLICIAIS DESSA SEÇÃO,CORTE ESSA PRÁTICA, OU TALVEZ AS AUTORIDADES O JULGEM CONIVENTE.
ResponderExcluirNOVINHO ATENTO