Estamos somente
no sétimo dia do ano de 2017 e a criminalidade assusta a população. Depois do
assassinato da professora no Gama, do idoso no Itapoã e do taxista em
Brazlândia, o quarto latrocínio do ano foi registrado nesta madrugada de sábado
(7/1) contra um policial militar
Nessa madrugada, enquanto
a Polícia Militar prendia o suspeito
de assassinar a professora Raquel, no Gama, mais um latrocínio acontecia
entre Brazlândia e Taboquinha (GO). Dessa vez a vítima foi o Policial Militar
do DF Luiz Carlos de Oliveira. Segundo apuramos, a chácara do policial foi
invadida por um bandido que além de matá-lo com três tiros ainda levou sua arma.
Na quinta-feira (5) um
taxista foi morto a tiros por um casal que se passou por passageiros para
enganar a vítima. Eles anunciaram o assalto e exigiram dinheiro e o carro. Na
quarta (4), uma professora
morreu no Gama depois de ter o carro roubado. Ela
foi atingida por um tiro no peito disparado Leandro Pereira (24 anos),
conhecido como “canudo” e já identificado pela polícia.
Dados apurados pelos
órgãos de segurança e divulgados no portal Metrópoles, mostram os índices de
latrocínios registrados nos dois últimos anos. O levantamento identifica o dia
da semana, a faixa horária e os locais onde os roubos seguidos de morte ocorreram
com maior frequência.
Para se ter uma ideia de
como anda a violência, no ano de 2015 ocorreram 187 tentativas de latrocínio e
46 óbitos em relação a 2016, onde os registros apontam para 262 tentativas e 42
óbitos consumados. Isso significa dizer que a cada oito dias uma pessoa é vítima
de latrocínio na capital da república.
No ranking das cidades que
mais registraram esse tipo de ocorrência, Ceilândia está em primeiro lugar, com
50 casos, somando 2 latrocínios e 48 tentativas. Na sequência, vêm Samambaia (7
e 28); Taguatinga (3 e 21); Gama (2 e 21) e Paranoá (2 e 19).
Repúdio
Enquanto os meios de
comunicação do país estão voltados para os massacres internos de presos, fruto
de guerras entre facções rivais como o PCC (Primeiro Comando da Capital, CV
(Comando Vermelho) e FDN (Força do Nordeste) e o governo discute as
indenizações às vítimas desses confrontos nos presídios de Manaus e Roraima, só
no Rio de janeiro 9 policiais foram mortos e agora 1 policial em Brasília. Até o fechamento dessa matéria, nenhum meio de comunicação havia divulgado o fato.
A imprensa, principalmente
as grandes mídias escritas e televisivas, resiste em divulgar esses dados
estatísticos sobre o assassinato de policiais. As comissões de Direitos Humanos
não se manifestam também a não ser nos casos onde o marginal, o bandido, aquele
que por nada ceifa a vida do trabalhador e pai de família esteja sendo tratado
como vítima. Agora o que mais preocupa é o “silencio institucional” acerca das mortes de
policiais, algo realmente intrigante.
Enxugando gelo
As polícias, tanto a
Militar como a Civil, têm feito sua parte mesmo com o reduzidíssimo efetivo que
ambas dispõe. As políticas de segurança pública empregadas atualmente já se
mostraram ineficazes, aliada à benevolência da justiça que tem permitido
colocar nas ruas novamente o criminoso pego em flagrante e liberado nas Audiências
de Custódia.
Segundo especialistas
ouvidos pelo blog, a tendência é que essa elevação da criminalidade continue
pelos próximos três meses, onde as férias de servidores vão proporcionar um
maior fluxo de recursos e pessoas nas ruas da capital, como disse George Felipe
de Lima Dantas, especialista em segurança pública.
De acordo com o portal Metrópoles
que entrou em contato com a Secretaria da Segurança Pública e da Paz
Social para pedir dados oficiais detalhados sobre latrocínios, a mesma se
recusou a divulgar as informações sob a alegação de que “a divulgação das manchas
criminais pode gerar consequências para além da área de segurança pública,
como, por exemplo, a discriminação dos moradores dessas áreas e a
desvalorização imobiliária, entre outros problemas”. Isso é um completo
absurdo.
Enquanto isso....
Da redação com informações
do CB e Metropoles,
Por Poliglota...
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