Marcola, Fernandinho Beira-mar e Compensa, os reis do crime no Brasil |
Uma semana de chacina em
dois presídios foi o suficiente para que as autoridades brasileiras voltassem
seus olhos para o sistema prisional no país e, principalmente, nas centenas de
facções criminosas espalhadas por esses presídios e nas capitais.
Foram mais de 90 mortos,
vítimas de guerras protagonizadas pelo poder entre eles próprios. Em Manaus 60
presos foram brutalmente assassinado e em Roraima 33 presos. O risco de algo
similar ocorrer em cadeia pelo país afora não está descartado, já que agora
cada grupo vai querer chorar e vingar seus mortos.
A realidade é praticamente
a mesma em todos os presídios, com superlotação das casas prisionais,
concentração de facções rivais, além da falta de efetivo. Não resta a menor
dúvida de que o problema está na falta de políticas de longo prazo para o setor
e o que vem sendo feito são apenas medidas paliativas que mudam a cada novo
governo.
O Primeiro Comando da
Capital (PCC), a poderosa facção paulista, a maior do Brasil, quer o Rio de
Janeiro. Aliado ao Comando Vermelho a mais de duas décadas, rompeu acerca de
pouco mais de um ano e agora querem avançar no terreno dos velhos sócios e para
isso começaram cooptando aliados nos cárceres, centros operacionais e residência das
cúpulas do crime no Brasil.
O PCC, cuja organização se
assemelha cada vez mais a de uma grande corporação dispõe até de uma Diretoria
de Relações Institucionais, comprovado através de mais de 1.500 grampos
captados pela polícia em prisões de todo o país, entre fevereiro e outubro de
2016. A facção oferece uma mega estrutura aos seus “associados” como assistência
jurídica, empréstimo de armas e drogas, apoio no Brasil todo e nos países
vizinhos onde o PCC tem ramificações, e melhores condições na prisão, de TV de
plasma à frango frito para o jantar.
PCC quer invadir o Rio de Janeiro em busca de espaço pelo país |
Luiz Fernando da Costa, o
Fernandinho Beira-Mar, à frente do CV, e Marcos Willians Hermes Camacho, o
Marcola, à frente do PCC, se tornaram homens procurados internacionalmente e
ganharam notoriedade continental. A “Família do Norte”, conhecida pela sigla
FDN, surgiu em 2006 da aliança entre dois ex-rivais do mundo do tráfico de
Manaus. José Roberto Fernandes Barbosa, conhecido como “Compensa” e Gelson
Carnaúba, o “G”, que dominava a região Sul de Manaus.
Mas
quem são eles na real?
Marcola
– Marcos Willians Herbas Camacho - Líder do Primeiro Comando da Capital
(PCC), Marcola, 48 anos, nasceu na Vila Yolanda, em Osasco (SP). Órfão de mãe,
não conheceu o pai e já roubava aos 9 anos, no Centro de São Paulo. Sua
primeira condenação foi em 1987 por assalto à mão armada. Só foi preso em 1999
por participar de dois roubos a banco e cumpre pena em presídio de segurança
máxima em Presidente Venceslau.
Fernandinho
Beira-Mar – Luiz Fernando da Costa - Nascido em Duque de
Caxias (RJ), Fernandinho Beira-Mar, 49, foi criado na favela Beira-Mar e é
líder do Comando Vermelho (CV). Aos 20 anos, foi preso por furtar armas do
Exército. Cumpriu pena, voltou à favela e tornou-se líder do tráfico. Para
fugir da polícia, já se refugiou no Paraguai e se aliou às FARC. Foi preso em
2001 e cumpre pena de 200 anos em Porto Velho (RO).
Zé
Roberto da Compensa – José Roberto Fernandes Barbosa
Compensa, 44 anos, fundou a facção Família do Norte (FDN), de Manaus. Aos 12
anos iniciou a vida no crime e já foi preso quatro vezes. Compensa é o elo dos
traficantes do Peru e da Colômbia com o Brasil. Já esteve preso em Porto Velho
(RO) e Catanduvas (PR). Durante uma fuga, em 2013, matou dois comparsas que se
aliaram ao PCC. Cumpre pena em Catanduvas (SC).
Facções,
integrantes e arrecadações anuais
No Primeiro Comando da
Capital (PCC), 29 mil é a estimativa de integrantes da facção em todo país com
uma arrecadação próxima de 300 milhões de reais anuais. O Comando Vermelho (CV)
tem cerca de 20 mil integrantes espalhados por todos os presídios do Brasil com
quase 60 milhões arrecadados anualmente e a Família do Norte (FDN) tem 200 mil
membros cadastrados em um sistema informatizado como se fosse um banco de dados
e com senhas. A arrecadação anual está estimada entre 6 a 12 milhões de reais.
Como visto, temos um
verdadeiro exército do mal espalhado pelo país inteiro nos presídios e se
nenhuma ação efetiva e eficiente for tomada, muito em breve correremos o risco
de ter os estados reféns dessas facções criminosas, se já não o são.
Da redação com informações
da Istoé
Por Poliglota...
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