A morte de mais um
policial causado por capotamento de viaturas sucateadas da PMDF reacendeu uma
antiga discussão em torno da imprestável frota de 318 viaturas do modelo Pajero
Dakar. Nos últimos três anos esse tipo de veículo sem manutenção já matou,
feriu e tornou-se um passo para a morte de militares. O GDF já foi alertado
para a situação, mas não dá sinais de que está preocupado com isso. No velório
do policial, morto ontem, que ocorrerá neste sábado, a tropa revoltada não quer
saber da presença da Rede Globo no local e nem do governador Rodrigo
Rollemberg.
O que fazer diante de um
grupo de bandidos dentro de um carro em fuga? Após os sucessivos capotamentos
de viaturas modelo Pajeiro da PMDF durante perseguições a criminosos, a
orientação é “cuidado”. Não pelas ameaças dos bandidos, mas pela condição de
uso de viaturas sem manutenção. A frota de 318 viatura do referido modelo que
deveria ser retirada de uso em marco do ano passado continua nas ruas por não
ter como substituí-las.
A viatura, de prefixo 2844
que capotou matando o cabo Renato Fernandes da Silva e ferindo mais dois
policiais durante uma perseguição a um automóvel roubado na BR-070, no trecho
entre Ceilândia e Águas Lindas (GO), estava sem manutenção mecânica, segundo
denunciou ao Radar uma fonte da própria Policia Militar.
O veículo do modelo Pajero
Dakar que faz parte da frota de 318 veículos, há meses vinha apresentando
falhas no sistema de suspensão e direção. A viatura deverá passar por uma
perícia a ser anexada a um inquérito policial instaurado pela Polícia Civil
para saber as causas do acidente.
Quando as 318 viaturas
modelo Pajero da Mitsubish foram compradas pela Policia Militar do Distrito
Federal em 2012, a justificativa era de que os veículos eram ágeis, robustos e
confortáveis para o bom desempenho da Segurança Pública. Porém de lá para cá,
os sucessivos problemas apresentados pelo uso da frota já tirou vidas de alguns
policiais e produziu graves sequelas em outros, além de pecar em vários
aspectos conforme analise técnicos.
Sem a manutenção periódica,
conforme o cronograma estipulado pelo fabricante de forma preventiva, as
viaturas da PM há anos vem passando por um processo de sucateamento nos pátios
dos batalhões da PM. Em janeiro do ano passado, após vários casos de
capotamento dos veículos em operações nas ruas, levou o comando da PM a fazer o
uso restrito da frota.
Com o aumento da
criminalidade viaturas como a utilizada pelo cabo Roberto Fernandes que o levou
a morte tem sido empregadas no patrulhamento sem a manutenção adequada. Por se
tratar de um veículo off road (fora de estrada), ou seja, concebido para ser
utilizado em trechos de terra, terrenos esburacados, terrenos difíceis a
suspensão é elevada. No entanto, os veículos sem manutenção adequada são usados
na maior parte do tempo em perseguição aos criminosos em fuga nas vias públicas,
diga-se de passagem, com uma pavimentação asfáltica lisa e com pouca aderência.
“O somatória de todos esses
ingredientes de altura elevada da suspensão, falta de treinamento e
capacitação, perseguições em alta velocidade e a falta de manutenção, acabam resultando
em capotamentos, perda total do veículo, ferimentos graves e mortes” afirma um
analista.
“A pergunta que fica ao
governador Rodrigo Rollemberg é: “Quantos
policiais militares, pais de famílias, bravos cumpridores de seus deveres em
defesa da sociedade terão que morrer por falta de equipamentos adequados para o
bom desempenho da segurança pública?”, questiona o Tenente Poliglota um dos
maiores defensores da PM e crítico feroz da equivocada política de segurança pública
do Governo de Brasília.
É por causa desse sentimento
de revolta que os milhares de policiais militares que comparecerão para prestar
as últimas homenagens ao companheiro de farda morto estão decididos em não
aceitar a presença do governador Rodrigo Rollemberg durante a cerimônia póstuma.
Pelo menos é isso que está
em discussão nos grupos e whatsapp que reúne policiais militares. Outra
presença não bem-vinda é da equipe de jornalismo da rede Globo. A emissora
criticou com desdém, no seu jornal, o fato de muitas viaturas se fazerem presentes
ao local do acidente que causou a morte do cabo Renato.
Fonte: Da Redação RadarCondomínios.com
NOTA
DE REPUDIO DA PMDF
A
PMDF vem publicamente manifestar seu repúdio à forma desrespeitosa com que o
repórter Antônio de Castro, da Rede Globo de Televisão, noticiou durante a
apresentação do Programa DFTV 2ª edição, desta sexta-feira, 5 de fevereiro de
2016, o seguinte comentário:
“Novas
imagens do Globocop mostram a quantidade impressionante de viaturas na BR-070.
São quatro helicópteros. A nossa equipe contou 20 viaturas da PM, mais as
viaturas da Polícia Civil, dos Bombeiros também são várias viaturas, além do
Instituto Médico Legal, porque um PM morreu neste acidente”.
Nós
policiais militares nos importamos, vivemos e nos compromissamos em garantir a
ordem pública, mesmo com o sacrifício da própria vida. Reunião de viaturas
acontece todos os dias: para defender a comunidade; para garantir o direito
constitucional das manifestações; para permitir que outros órgãos possam
executar suas atividades; para possibilitar que todas as manifestações sociais
e culturais possam ser desenvolvidas com ordem e segurança, tais como: partidas
de futebol, shows, artes marciais, projetos infantis, corridas de rua, passeios
ciclísticos, festas populares, festivais de músicas e muitos outros eventos.
Neste
próximo final de semana, milhões de foliões se reunirão para cantar, dançar,
enfim se divertir, e lá estarão milhares de abnegados policiais militares para
garantir o direito de cada cidadão.
Talvez
os que veiculem as notícias não tenham consciência de sua responsabilidade
social e, consequentemente, do prejuízo que causam quando narram um fato para a
sociedade adicionando interpretações tendenciosas, sarcásticas e desumanas.
A
morte de um ser humano diz respeito a todos. E quando se trata de um
profissional de segurança pública que diariamente se arrisca para preservar a
vida e o patrimônio alheio?
No
momento de dor de toda a família policial militar, nos entristeceu a forma
desrespeitosa como o repórter Sr. Antônio de Castro se manifestou. Não
esperamos que Vossa Senhoria se entristeça com a morte de um policial, mas
exigimos respeito com a nossa Instituição, com todos os policiais, com a
família do nosso valoroso Renato Fernandes da Silva, que faleceu no cumprimento
de seu dever.
A
PMDF se solidariza com a família dos policiais militares acidentados, honrando
seus profissionais e valorizando a importância de cada um de seus integrantes.
Brasília – DF, em 5 de fevereiro de 2016.
POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL
Centro de Comunicação Social da PMDF
DEIXA ELE BANDIDO DE GRAVATA, PICARETA NÃO É DA FAMILIA ELE, TAMBEM NÃO EXISTEM DIREITO DE RESPOSTA NESSA CAMBADA DE PILANTRA, ATE AS PEDRAS SE ENCONTRAM NA MADRUGADA
ResponderExcluirCaro Poliglota, não sei se você, ou mesmo se outro frequentador desse espaço, lembra daquela ocorrência que envolveu um sargento do BPMA em 2012, onde, para se defender, esse veio atirar um dois meliantes que queriam tomar sua arma. Pois bem! O Sargento se apresentou numa DP, se não me engano em P.17, de lá saindo logo após prestar depoimento. Onde quero chegar com isso? No DFTV desse dia, 15/01/2012, esse mesmo apresentador disse que era um absurdo liberar o antigo e que se aquilo não era impunidade, ele não mais saberia o que isso viria a ser. Ocorre que no outro dia, surgiu um vídeo que comprovava a ação legítima do antigão, fazendo com que esse "repórter", bem como seu amiguinho Alexandre Garcia, o arauto da moralidade, ficassem cheios de dedos para comentar. Em resumo, esse cara é reincidente em vomitar impropérios contra a polícia. Infelizmente não tenho mais o vídeo.
ResponderExcluirSucateada está toda a corporação. A maioria dos nossos direitos sendo jogados na vala.Nossos gestores, além de se preocupar com suas gratificações, não podem se esquecer de quem exerce a atividade fim, lá no meio da rua sob chuva ou sol. Antigamente, em um tempo não muito distante, quando acontecia uma tragédia dessas com um policial, era muito comum acontecer esse tipo de manifestação por parte da tropa, em agradecimento aos serviços prestados a corporação e a população. O pobre policial tombava em serviço, porém sua família tinha como continuar sobrevivendo pois eram garantidos os direitos adquiridos com a lei 7289/ 84, que todos sabem do que se trata, como as promoções post mortem, por ato de bravura e etc. Atualmente o praça fica trinta anos de serviço e quando chega sua reserva remunerada, o mesmo vai embora na mesma graduação em que se encontra na ativa, perdendo o direito ao auxilio alimentação, ao fardamento e sai com um salário menor. Gostaria que algum assessor do Fraga lê-se esse comentário e o passasse adiante, para que o deputado pudesse refletir sobre nossa situação. Temos novinhos que com vinte anos de serviço já são subtenentes e se não passarem em um CHOAEM ficarão mais dez anos sem promoção alguma, pois não possuímos um plano de carreira condigno. Poderiam retornar todos nossos direitos antigos e criar uma lei onde possamos receber um tratamento mais humano.
ResponderExcluir"NOVINHOS com 20 anos de serviço".
ExcluirTá de sacanagem???
Um profissional com 20 anos de experiência sendo chamado de novinho e vc ainda fala em auto valorização???
Tá longe de termos mudanças de verdade na pm...
As pageros estão matando nossos policiais, o governo não faz nada, nossos comandantes nada fazem. Cabe aos nossos policiais baixar a bola, andarem numa velocidade onde o maior feito seja a sua própria segurança. Não adianta ser policial morto, herói tombado. Atendam as ocorrências a passo de tartaruga, quem sabe assim, o governador de nada passe a olhar para a corporação de maneira diferente. Lembre policiais, a população não está nem aí pra policia, será que vale realmente a pena morrer por um povo que não nos respeita? Com a morte do nosso policial, podemos ver o tamanho da força que temos, então, pra que correria no atendimento de ocorrências? vamos à luta, porém, vamos de vagar. Vamos a passos de tartaruga.
ResponderExcluir