Muito diferente dos que
querem chegar lá, as suas “excelências”, contam com um montante de R$
18.623.572,00 de emenda parlamentares para realizar obras em suas bases
eleitorais. E se for da base do governo, possuem uma infinidade de cargos
ocupados por seus cabos eleitorais travestidos de comissionados
Os 24 deputados distritais
da Câmara Legislativa vão está em vantagem sob os mais de 1.000 candidatos que
deverão entrar na corrida da campanha eleitoral do próximo ano. O menor tempo
de campanha e a diminuição dos gastos, são fatores que dificultarão os “marinheiros
de primeira viagem” para destronar aqueles que estão na corrida a mais tempo.
A nova regra de 45 dias
estabelecidos pela reforma eleitoral e a diminuição dos gastos de campanha,
válida para 2018, será o grande obstáculo no caminho das centenas de candidatos
a deputados distritais que irão, pela primeira vez, disputar uma das 24
cadeiras, ora ocupadas por aqueles que já estão no cargo e que disputarão a
reeleição.
Na eleição de 2014, os 24
novos parlamentares eleitos da CLDF arrecadaram R$ 9,918 milhões, conforme
prestação de contas prestadas ao TER-DF. Empresas do ramo da construção civil e
postos de gasolina aparecem como principais doadores da campanha passada.
Também tiveram doações feitas pelos próprios candidatos e de terceiros.
Na campanha eleitoral de
2014, o custo geral com candidatos a deputado, senador, governador e presidente
foi de R$ 5,1 bilhões, segundo levantamento feito nas despesas declaradas ao
Tribunal Superior Eleitoral.
Para as eleições do próximo
ano, as novas regras estabelecidas pela reforma partidária, vedam doações
privadas que passam ser por financiamento público do Fundo Eleitoral que será
de R$ 1,77 bilhão. Está permitida a doação de até 10% da receita do ano
anterior do doador. Ainda assim, os atuais distritais estão bem mais tranquilos
dos que não tem mandato.
Apesar do desgaste dos
atuais distritais, com uma parte envolvida em escândalos de corrupção e a outra
acusada de ter vendido o mandato e a própria alma em troca dos interesses
pessoais (motes que certamente serão explorados pelos novos postulantes), no
entanto, os antigos já se encontram em campanha há bastante tempo, enquanto os
novatos só podem entrar para valer depois de julho do próximo ano.
Diferente dos pré-candidatos
que não possuem nada; que pagam a gasolina do próprio bolso, que não tem sequer
recursos para aparecer melhor nas redes sociais, todos os 24 distritais
turbinam, 24 horas por dia, a própria visibilidade política por meio da
estrutura que o mandato lhes oferece.
Além do polpudo salário de
R$ 25,3 mil, cada deputado tem direito a R$ 25 mil mensais de verba
indenizatória espécie de “ajuda de custo” para bancar gasolina, publicidade,
aluguel de imóveis e contratação de consultorias especializadas em marketing e
plataformas on-line.
As suas “excelências”, muito
diferente dos que querem chegar lá, contam com um montante de R$ 18.623.572,00
de emenda parlamentares para realizar obras em suas bases eleitorais. Se for da
base do governo, possuem uma infinidade de cargos ocupados por seus cabos
eleitorais travestidos de comissionados.
Quem tem mandato vai auferir
vantagem até mesmo dentro do seu respectivo partido, já que a direção da
legenda estará mais empenhada em reeleger quem possui mandato do que aqueles
que nunca tiveram.
O dinheiro do fundo
partidário jamais será dividido de forma igualitária como deveria ser entre os
48 candidatos filiados à legenda. Para quem tem o mandato, haverá melhor
atenção do Partido que o contemplará com uma farta quantidade de material de
campanha, bem como mais espaços para aparecer na propaganda do rádio e da TV e
os candidatos “orelha seca”, que são a maioria, nem irão reclamar por não saber
como a coisa funciona.
Apesar da corrida ser
desigual entre os que possuem mandato e os que desejam ter um mandato quem vai
conseguir mesmo se eleger não será o mais sabido, o mais competente, o mais
honesto, o mais endinheirado ou aquele que quer ganhar no grito. Ganharão os que
forem mais hábeis.
Fonte: RadarDF - Por Toni
Duarte
Nenhum comentário:
Postar um comentário
1 – Para comentar no Blog do Poliglota você poderá informar, além do seu nome completo, um apelido que poderá usar para escrever comentários.
2 – Serão eliminados do Blog tenpoliglota2012 os comentários que:
A - Configurem qualquer tipo de crime de acordo com as leis do país;
B - Contenham insultos, agressões, ofensas e baixarias;
C - Reúnam informações (e-mail, endereço, telefone e outras) de natureza nitidamente pessoais do próprio ou de terceiros;
D - Contenham qualquer tipo de material publicitário ou de merchandising, pessoal ou em benefício de terceiros.
E – Configurem qualquer tipo de cyberbulling.
3 – A publicação de comentários será permanentemente bloqueada aos usuários que:
A - Insistirem no envio de comentários com insultos, agressões, ofensas e baixarias;
Avisos:
1 – No Blog tenpoliglota2012, respeitadas as regras, é livre o debate dos assuntos aqui postados. Pede-se, apenas, que o espaço dos comentários não sirva para bate-papo sobre assuntos de caráter pessoal ou estranhos ao blog;
2 – Ao postarem suas mensagens, os comentaristas autorizam o titular do blog a reproduzi-los em qualquer outro meio de comunicação, dando os créditos devidos ao autor, com os devidos ajustes;
3 – A tentativa de clonar nomes e apelidos de outros usuários para emitir opiniões em nome de terceiros configura crime de falsidade ideológica.
Os comentários estão liberados, no entanto àqueles que afetarem diretamente a honra e a imagem de quaisquer pessoa, física ou jurídica, àqueles que atentarem contra o decoro da classe, a honra e o pundonor militar serão MODERADOS.
tenpoliglota2012@gmail.com