Por Ana Maria Campos / CB
A campanha para 2018 já está
nas ruas, em todas as ações políticas, em cada conversa de bastidor e em várias
negociações para a formação de chapas.
Mas, agora, a um ano das
eleições, numa nova fase do governo Rollemberg, os movimentos vão se acentuar.
A briga é para a construção de alianças. Em jogo, o tempo de televisão numa
campanha curta de somente 45 dias e sem doações de empresas.
As regras não estão
definidas, principalmente para as disputas de deputados. Dependem da Reforma
Política em discussão no Congresso. Enquanto isso, os pré-candidatos se
preparam para chegar bem colocados na corrida ao eleitor.
Costura
nacional e mais tranquilidade para trabalhar
O governador Rodrigo
Rollemberg (PSB) vai disputar a reeleição. Ele tem se encontrado com presidenciáveis,
como Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede), na costura
nacional pelas alianças políticas. No DF, por enquanto, está praticamente
isolado, com alianças apenas para governar.
Perdeu aliados como
Cristovam Buarque (PPS) e Reguffe (Sem partido) e se afastou do PSD, de Rogério
Rosso. Com mais dinheiro em caixa agora, por conta das mudanças na Previdência,
Rollemberg terá mais tranquilidade para começar a negociar seu futuro político
com os parceiros nas próximas eleições.
No
DF, a Rede é o partido mais próximo.
Pedra
no sapato
Um dos entraves para a
reeleição de Rollemberg são os servidores do GDF. O discurso do governador é de
austeridade fiscal, mas o funcionalismo vai aceitar a suspensão dos reajustes?
Na lista de insatisfeitos,
estão os policiais civis. Na campanha, esse debate será explorado pelos
adversários de Rollemberg.
Carreira
solo
O presidente da Câmara
Legislativa, Joe Valle (PDT), demonstrou nos últimos meses que tende se
descolar de Rollemberg.
Ele votou contra o
estratégico projeto do governo de mudar a Previdência dos servidores. O
argumento foi de que precisava de mais tempo para debater, mas a interpretação
do mundo político é de que ele quer demonstrar independência em relação ao
Executivo e firmar caminho solo.
Como aliado do governo, pôs
o projeto em votação, uma prerrogativa do presidente da Câmara. Mas não quis
deixar o DNA na matéria. Prepara um discurso para a campanha.
Uma
aliança em formação
Uma aliança formada por Joe
Valle (PDT), Cristovam Buarque (PPS), Jofran Frejat (PR) e o ex-presidente da
OAB/DF Ibaneis Rocha tem sido discutida.
Ainda não há definição sobre
quem seria o cabeça da chapa. Cristovam não quer. Seria uma opção de
centro-esquerda a ser apresentada ao eleitor.
Decisão
próxima
O ex-presidente da OAB/DF
Ibaneis Rocha tem conversado com o PDT e pode se filiar ao partido de Joe
Valle.
Mas ele tem título eleitoral
no Piauí e convite para concorrer ao Senado com apoio do presidente do PP, Ciro
Nogueira. Ibaneis precisa decidir nesta semana, fim do prazo para mudanças de
domicílio, se disputará as eleições no DF.
Aliados dizem que, a ele, só
interessa em Brasília o Palácio do Buriti.
Disputa
ampliada
Por conta da possível
candidatura de Ibaneis Rocha no DF, muita gente tem incentivado o advogado
Francisco Caputo a entrar também no páreo.
Se isso ocorrer, um embate
de anos na OAB vai se ampliar ao eleitorado do DF.
Um
Frejat para chamar de seu
Líder nas pesquisas como o
nome preferido do eleitor, o ex-deputado Jofran Frejat (PR) mais uma vez tem
sido cortejado por grupos políticos.
É o que ocorreu nas duas
últimas eleições. Em 2010, ele foi vice na chapa de Joaquim Roriz, depois
substituído por Weslian Roriz.
Quatro anos depois, ele
assumiu a candidatura com o veto judicial ao nome de José Roberto Arruda. Foi
para o segundo turno contra Rollemberg e hoje Frejat tem sido disputado por
grupos de centro-esquerda, ao lado de Joe e Cristovam, e de direita, com Tadeu
Filippelli, Alberto Fraga, Alírio Neto e José Roberto Arruda.
A
força do partido
O ex-vice-governador Tadeu
Filippelli não deve mais concorrer ao GDF. Mas vai participar da construção de
uma candidatura. Não se pode subestimar a estrutura e o tempo de tevê do PMDB.
Juntos
contra Rollemberg
Em encontro, no aniversário
de um amigo em comum, a deputada Celina Leão (PPS) conversava com o
vice-governador Renato Santana sobre o destino dos dois. Os dois estiveram no
palanque de Rollemberg, mas nenhum deles quer renovar a aliança com Rollemberg.
PSD
terá candidato próprio
Presidente regional do PSD,
Rogério Rosso revela que a legenda terá candidatos próprios para a disputa
majoritária. “As bandeiras do PSD não estão sendo observadas pelo Governo de
Brasília e isso será imperioso na decisão que o partido tomará em breve”,
afirma Rosso. Quem seriam os candidatos? “Temos
até o início de abril para novas filiações. Política se faz com discrição”,
antecipa.
Da Redação com informações
do Correio
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