Escolas geridas pela Polícia Militar: Porque não implantar em Brasília?

Projeto desenvolvido em Manaus tem aprovação de 90% da população a favor do Ensino eficiente, pautado pela honra, disciplina, estética da ordem e pelo exemplo de coragem e fortaleza e que o convívio dos alunos com BMs e PMs infundiu em todos.

Os alunos são inspecionados antes de entrarem nos turnos de aula

A Polícia Militar de Manaus, em conjunto com a secretaria de educação do Estado, inovaram o sistema de educação da capital amazonense desde 2013 com um projeto piloto ousado: A Implantação de um modelo de gerenciamento nas escolas públicas tipicamente militar.

No início muitas foram as dúvidas da aplicação e como a sociedade recepcionaria a novidade. Em princípio, um convênio foi firmado e quatro escolas estaduais passaram a ser geridas sob este modelo, no qual o governo entrou com o dinheiro e as instalações e a PM com a administração física e pedagógica das unidades. O projeto começou a dar certo e no ano seguinte mais quatro escolas foram inseridas à gestão militar, ampliando o número de alunos atendidos pelo modelo. Hoje o projeto é motivo de orgulho de pais, alunos e professores.

Saindo da teoria para a prática, nas fachadas das escolas atendidas pelo projeto passou-se a ler em letras colossais: “Disciplina, Honra e Educação”, o lema das escolas, repetido como uma espécie de código secreto entre alunos e ex-alunos da instituição. O recado não poderia ser mais claro. As regras, aplicadas com rigidez, mudou o comportamento de alunos e pais.

Manter posição, cantar o hino diariamente e bater continência para os comandantes e superiores faz parte do cotidiano escolar

As normas são rígidas quanto à higiene pessoal e ao estado do fardamento, que deve estar sempre limpo e completo. O cabelo das meninas deve ser usado preso em coque e o dos meninos cortado no “estilo militar”, com máquina dois no pé e três no topo. Menino com cabelo grande demais volta para casa e só retorna às aulas depois de uma visita ao barbeiro. 

Além de manter posição durante o início da aulas e cantar o hino diariamente, os alunos devem bater continência para os comandantes e superiores, assim como para os alunos que tiram as melhores notas, considerados “oficiais” da sala de aula. O namoro também é estritamente proibido, assim como beijos e amassos. Sentar do lado pode. “Mas só se ninguém perceber que é um namoro”. Muitos alunos sentiram, no início, dificuldade na adaptação às regras, mas com o passar do tempo os resultados foram impressionantes.

A esmagadora maioria dos pais considerou a rigidez das normas fundamental para a melhora do desempenho dos filhos, dentro e fora da escola. Comportamentos antes usados pelos filhos automaticamente foram se dizimando e a consciência de que a disciplina era fundamental na sua formação tornaram para esses filhos e alunos metas a serem conquistadas dia após dia.

Com o passar do tempo, os resultados já começaram a aparecer, principalmente no que diz respeito ao aumento dos índices de aprovação dos alunos em universidades do Estado. Isso fortaleceu o projeto e a expectativa é a expansão do mesmo seja prioridade para o governo.

Na opinião do secretário de educação do Estado, se temos melhores alunos, teremos melhores resultados. “Em qualquer lugar do mundo é assim. As universidades do Brasil são assim e são as melhores não por sua estrutura, mas porque têm os melhores alunos”, frisou. 

Mas o segredo do sucesso das escolas militares não está no fato de selecionar os melhores alunos, de possuir renda própria ou de disciplinar com guia curta seus alunos, mas sim, o apoio da comunidade. A mesma disciplina exigida dos alunos, ou até mais, é exigida dos pais, que são literalmente obrigados a participar da vida escolar do filho. Não se trata de um convite para decidir pelo futuro da escola, mas uma convocação militar. “O diferencial é a educação, mas boa parte dela vem de casa. Os resultados, os índices de aprovação em vestibular são muito bons. Mas para isso os pais têm de trabalhar com a escola, pois a escola sozinha não adianta”, resumiu a mãe de um dos alunos de uma das escolas militares.

Portanto, fica a dica para as autoridades brasiliense. Os valores de nossas gerações precisam ser recuperados, resgatados e renovados. Caminhamos abruptamente para uma inversão de valores incontrolável e que no futuro pode deixar a sociedade mais vulnerável do que já está. E os princípios dessas mudanças passam, necessariamente, pela educação e o respeito à vida, não apenas a vida individual, mas principalmente a coletiva, pois somos frutos da coletividade, vivemos nela. A última pesquisa de IVH (Índice de Valor Humano) mostrou que na opinião dos brasileiros, de forma geral, o que é necessário mudar no Brasil para a qualidade de vida melhorar de verdade é a educação, seguida de políticas públicas, violência, valores morais e emprego.

Então, mãos à obra Estado!

Da redação com informações do cartacapital.com.br/VIDEOS Youtube/Record

Por Poliglota...

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