terça-feira, 13 de junho de 2017

Saúde na PMDF: Audiências Públicas, cobranças em redes sociais e nada de se resolver o problema de policiais e dependentes

Por mais que tentemos auxiliar o governo, parece que nada, ou quase nada, sensibiliza Rollemberg e seus comandados quando o assunto é a Polícia Militar.

Dois casos recentes de policiais militares necessitando de tratamento urgente mexeram com os integrantes das corporações. No primeiro deles um sargento precisou ir para as redes sociais implorar para fazer um cateterismo, mesmo estando internado no único hospital credenciado atualmente pela corporação (Maria Auxiliadora no Gama). No segundo caso, outro sargento, vítima de uma leucemia, teve que procurar um hospital da rede pública porque o convênio da PM não cobria o tratamento de quimioterapia o qual ele deveria ser submetido. Ambos os casos só foram resolvidos depois de pressão interna de policiais e da mídia que cobre as notícias da segurança pública.

Agora, e mais uma vez, uma audiência pública foi realizada ontem (12) na Câmara dos Deputados com o objetivo de se chegar a um consenso e resolver, de vez, a situação calamitosa porque passam os policiais militares e seus dependentes. O interessante é que não se sabe, ainda, qual a escala de prioridades que a corporação adota no tratamento de seus policiais e dependentes. Agora mesmo, por exemplo, R$ 50,4 milhões serão investidos na aquisição de novas viaturas modelo SUVs para serem utilizados no serviço operacional e velado da corporação, conforme reportagem do Correio Braziliense (Leia abaixo).

O questionamento que se ouve nos corredores da caserna é “como um policial pode desenvolver seu trabalho rotineiro com tranquilidade e presteza se deixa em sua casa seus dependentes completamente abandonados clinicamente?”, disse um policial que pediu para não ser identificado. “Vamos pra rua sem segurança nenhuma e em caso de uma fatalidade no serviço o que nos aguardará? Vamos depender de rede pública quando pagamos pelo nosso custeio de saúde?”, completou outro policial.

Bom que se diga que cabe ao Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), instituído em 2002, e com verbas federais, MANTER e ORGANIZAR os órgãos de segurança pública da capital federal (Art. 1º Fica instituído o Fundo Constitucional do Distrito Federal – FCDF, de natureza contábil, com a finalidade de prover os recursos necessários à organização e manutenção da polícia civil, da polícia militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como assistência financeira para execução de serviços públicos de saúde e educação, conforme disposto no inciso XIV do art. 21 da Constituição Federal), grifo nosso.

A verdade é que os policiais, ativos, inativos, pensionistas e dependentes não aguentam mais tantas indefinições e descasos, mesmo com todo esforço que o competente comandante geral da corporação, Cel Nunes, tem demonstrado no atendimento a seus comandados.


Novas viaturas

02/03/2017. Crédito: Reprodução. Brasil. Brasília - DF. Novas viaturas da Polícia Militar do Distrito Federal começaram a ser testadas.


Os novos carros oficiais da Polícia Militar ainda não estão nas ruas do Distrito Federal, mas a corporação já lançou um edital para comprar outros. Depois dos 290 Toyotas, sendo 192 Corollas, que estão sendo entregues pela montadora esta semana, a corporação agora quer veículos do tipo SUV fora de estrada. A publicação do Diário Oficial do DF, ontem, não informa a quantidade, mas traz o custo aos cofres públicos: R$ 50, 4 milhões. 

A aquisição vai ser feita por meio de pregão eletrônico. Os SUVs vão ser destinados a policiais caracterizados e descaracterizados, para uso no policiamento, patrulhamento e serviço velado. Já os Toyotas, comprados em dezembro, estão chegando, com todas as exigências da PMDF. Os primeiros foram levados para o pátio da Secretaria Adjunta de Desenvolvimento Social. Foram entregues 145. Faltam 47. 

Todos devem chegar até o fim da semana. Após o emplacamento, de acordo com a PMDF, será necessário mais um prazo para a instrução e o treinamento dos policiais. Cada batalhão vai receber ao menos um veículo. Os Corollas vão substituir os carros mais antigos, que completaram 180 mil km rodados, ou os que estão danificados. Todos vão ser leiloados. 

Os 290 carros da Toyota ganharão as ruas em abril. Eles são luxuosos e de última linha. Custaram R$ 26.103.823. A compra também foi feita por meio de pregão eletrônico. A corporação comprou 192 Corollas Xei ao custo unitário de R$ 100.300; 16 Hilux Cabine dupla, por R$ 134.854 cada; 37 Etios Sedan, por R$ 58.380; 27 Etios Hatch 1.3, por R$ 54.505; e 18 Etios 1.5, por R$ 58.718,70. 

Críticas 

A compra de carros pela PMDF tem provocado críticas, por se dar em meio à maior crise econômica do país e do GDF e por causa do modelo adquirido recentemente. Os Corollas seriam inadequados para o policiamento ostensivo, a atividade-fim da PM. Em dezembro, um dos críticos mais ferrenhos foi o Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF). Dessa vez, a entidade não se posicionou. 

Já o pesquisador em segurança pública Nelson Gonçalves acredita que não há ninguém que possa dizer qual veículo é seguro para o uso policial, já que não há nenhum órgão que estabeleça um padrão de segurança. “Qual é o carro brasileiro seguro para fazer patrulhamento ostensivo? Qualquer veículo serve. Assim como eu posso dizer que qualquer veículo também não serve”, afirma. 

Para Gonçalves, é necessário que os críticos deem uma solução ao problema, se esse não for o carro ideal. “Sabemos, por exemplo, que o Corolla, assim como o Honda Civic, é considerado seguro para o trânsito. Então por que não serviria para o patrulhamento? E se não serve, qual veículo serve?”, indaga. 

Especificações 

Na época da aquisição dos Corollas, a corporação havia afirmado que a compra atendeu todas as exigências da Lei de Licitações, e que o processo levou em consideração vários critérios específicos do veículo, entre os quais, a segurança do policial militar e o desempenho do carro para as atividades. 

Sobre o pedido de compra de SUVs, por meio de nota, a PMDF informou que precisa de um veículo capaz de transpor obstáculos como meio-fio, calçadas, buracos, pisos escorregadios e terrenos íngremes. Além disso, o carro deve “ainda ser capaz de transportar material de sinalização, como cones, barreiras e iluminadores”. 

De acordo com a corporação, seria uma vantagem ter um automóvel mais elevado nas vias não pavimentadas, e o SUV crossover tem centro de gravidade relativamente baixo – o que diminuiria as chances de uma capotagem, por exemplo. 

O tema já foi tratado no Blog Policiamento Inteligente em outras ocasiões, quando em um texto afirmamos que as viaturas policiais no Brasil não passam de veículos comuns, de passeio, adaptados, ou seja, pintados, equipados com sinalizadores e rádios. Outro assunto polêmico abordado pelo Blog foi a utilização de cinco de segurança em viaturas policiais. Afinal, como anda a aplicação da Portaria do Comando geral que obriga policiais militares a utilizar o cinto de segurança durante patrulhamento? O assunto precisa ganhar cada vez mais espaço na mídia e nos debates na Academia.

Com informações do Jornal Correio Braziliense – Texto de Deborah Fortuna – Especial para o Correio e publicação blog Policiamento Inteligente (atualização)

Por Poliglota...

Nota do blog: Antes der mais nada, gostaria de alertar aqueles que insistem em não ouvir as verdades que nós, profissionais de imprensa, buscamos através da verdade dos fatos antes mesmo de que eles aconteçam, que não aceitaremos perseguições políticas e politiqueiras tentando nos intimidar porque não deixaremos de divulgar, inclusive as perseguições. Temos Lei Federal (7.524/86), a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Imprensa (5.250/67) para nos salvaguardar das arbitrariedades praticadas. E a Lei foi feita para todos!

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