terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Texto publicado por delegado da PCDF causa mal-estar com a PM

Policiais militares repudiam acusações do Diretor de Comunicação da Polícia Civil do DF sobre invasão de atribuições da corporação


O conflito perene entre as polícias Civil e Militar ganhou um novo capítulo nos bastidores das duas corporações. Tudo por conta de uma nota publicada pelo delegado de Polícia Civil do Distrito Federal Miguel Lucena no site Diário do Poder. O texto, intitulado “A PM não quer ser mais PM”, acirrou os ânimos e deu origem a notas de repúdio e discussões nas redes sociais.

No texto, Lucena destaca supostas práticas irregulares da Polícia Militar, que estaria invadindo um campo que pertence à Polícia Civil. Em determinado trecho, ele diz que “a PM passou a avançar no território do adversário, cumprindo mandado de busca e passando a lavrar Termo Circunstanciado. Além disso, deslocou uma quantidade enorme de policiais para o que chamam de serviço velado, que nada mais é do que investigação policial”.

MAIS SOBRE O ASSUNTO

O texto causou uma grande reação das entidades que representam os policiais militares do Distrito Federal e de Goiás, além da Caixa Beneficente da corporação brasiliense, a Cabe. A PMDF afirma que, “ao tentar denegrir a imagem das polícias militares e de seus profissionais, o delegado demonstra um comportamento que visa tão somente a satisfação de interesses pessoais.”

Para a Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (Assof-GO), “e lamentável que um agente público, e ainda mais da área policial, acredite que as reivindicações elas mínimas condições dignas de trabalho e salário, façam parte de um plano orquestrado para enfraquecer a outra instituição policial.”

Nota de Repúdio by Metropoles on Scribd 


Nota de Repúdio by Metropoles on Scribd



A Cabe, por sua vez, pontua que “posições destemperadas e com firmes objetivos políticos, como a que o ilustre ‘jornalista’ alimenta, carece de fundamentos jurídicos e conhecimento policial, que são essenciais ao se fazer comentários como os tecidos em sua matéria”.


O outro lado

Em resposta às notas de repúdio, Lucena ressaltou, no site Diário do Poder, que escreveu o artigo não na condição de diretor de Comunicação da PCDF, e sim como jornalista. Na noite de segunda (20), Lucena enviou uma nota ao Metrópoles para comentar o caso. Confira:

“Respondo como cidadão e delegado de carreira, não como servidor comissionado obrigado a fingir. As notas articuladas de entidades diversas reafirmam o propósito das polícias militares de todo o país de avançar sobre as atribuições das polícias civis, a quem manifestam respeito aparente mas não impedem que suas tropas realizem pelas redes sociais campanhas de terra arrasada contra a Polícia Judiciária.

O tratamento mais ameno que policiais militares dão Brasil afora aos policiais civis é o de balconistas, desmerecendo, por má-fé ou ignorância, uma atividade que exige análise, técnica e ciência.

Amesquinham tanto as nossas funções que consideram o capô de uma viatura um espaço digno para a realização de um procedimento que exige formalidades previstas em lei.

Após a sociedade brasileira lutar arduamente pela conquista das liberdades democráticas, solapadas por um regime de exceção, os militares querem levar os civis de volta aos quartéis, onde funcionam como um organismo à parte da sociedade.

Se as entidades subscritoras das notas encomendarem uma pesquisa de opinião pública, saberão que a polícia ostensiva sumiu das ruas do Brasil e no Espírito Santo tentou garrotear, intimidar e impor sua vontade às instituições democráticas.

Fingir que está tudo bem, quando se trava uma guerra de bastidores para açambarcar atribuições e até impedir conquistas específicas, imitando o invejoso que prefere perder dois a ver o vizinho ganhar um, é prestar um desserviço à verdade e eu não estou disposto a encenar esse papel.

Miguel Lucena”


Fonte: Metropoles.com

3 comentários:

  1. Diretor da Divisão de Comunicação da Polícia Civil do Distrito Federal Decide Botar Fogo na Língua Portuguesa.
    http://gamasigma.blogspot.com.br/2017/02/diretor-da-divisao-de-comunicacao-da.html


    Resultado de imagem para torquemada Torquemada, o grande inquisidor.

    Não bastasse querer ser o "Torquemada" da reputação alheia, atacando gratuitamente as polícias militares de todo o País, Miguel Lucena decidiu botar fogo na Inculta e bela. Sabe aquela do sujeito que ouve o galo cantar, mas não sabe onde, quando e nem porque? É o caso de jornalistas que se metem a produzir orações subordinadas, sem ter cacife sintático para tal.

    Vamos à brincadeira do dia.
    Em um texto intitulado "Descendo a Ladeira, no qual ele posa de "ombudsman"dos servidores públicos, Lucena escreve:"Parcela dos servidores públicos brasileiros incorporou a ideologia do direito cem por cento e negligencia totalmente os deveres que têm para quem os sustenta: o povo."
    http://www.diariodopoder.com.br/artigo.php?i=50681098390

    Na acepção aí acima, dever é sinônimo de obrigação. Exemplos: "Os pais têm muitos deveres para com os filhos" / "O dever do presidente para com o povo"( Grande Dicionário Sacconi)


    Na frase reprovada, o pronome quem substitui "o povo"; logo, a construção correta é: deveres que têm para com quem os sustenta: o povo.


    Este senhor ganha uma baba de gratificação pela função de Diretor de Comunicação da Polícia Civil; comunicação esta que, obrigatoriamente, deve ser feita na modalidade culta da língua, conforme o melhor manual de redação oficial do País: o da Presidência da República. O que se vê nos textos do blog "Diário do Poder", porém, é uma teratologia gramatical. E ele ainda tem a empáfia de apontar o dedo para os outros!? Não resta dúvidas, em matéria de língua portuguesa, se depender deste senhor, vamos para o brejo!

    O jornalista tem deveres para com o leitor...

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  2. Este Delegado só é mais um dando tiro no escuro pras próximas eleição, candidato puro, não me engana nem tem meu voto, Bolsonaro 2018....

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  3. falou tudo, como Jornalista! e como aqui no Brasil muitos "jornalistas" falam o querem, esse ai é apenas mais um.

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