O blog recebeu informações
de uma fonte que pediu para não ser identificada, porém fidedigna, de que hoje
pela manhã houve uma reunião em Arniqueiras entre o Chefe da Casa Militar,
coronel Ribas, e um pequeno grupo de policiais, onde foi tratado do
encaminhamento de uma Minuta de Medida Provisória ao governo federal na próxima
segunda-feira a qual altera alguns itens da Lei 12.086/09.
Uma celeuma criada em torno
da aprovação de Emenda Aditiva à MP 737, que tinha o objetivo de tão somente
ampliar o prazo de sobrestamento ali previsto, beneficiando centenas de
militares, possibilitando cerca de mais de 700 promoções já de muito paradas,
acabou gerando discussões dentro da corporação por conta da retirada dos Incisos
I (Concurso) e II (Curso Superior) e a permanência do Inciso IV (limitador da
idade em 51 anos) do Art 32 da Lei 12.086/09 que, segundo algumas
pseudo-lideranças, tinha como objetivo beneficiar uma minoria dentro da
corporação.
Agora, segundo o informante,
nessa Minuta a ser encaminhada ao governo federal pelo GDF os Incisos I, II e
IV do Art. 32 (Concurso, Nível Superior e Idade limitada a 51 anos) são
mantidos e apenas inserido um texto no Inciso I permitindo que os próximos
concursos sejam 50% por antiguidade + 50% por meritocracia, com o apoio desse
pequeno grupo.
Segundo a fonte, se a maior
questão que gerou uma discussão imensa e acalorada dentro da corporação foi
exatamente a questão do Inciso IV do Art 32 (Limitador de Idade), inclusive com
afirmações de grupos políticos ligados ao GDF afirmando que os policiais que
são subtenentes mais novos e com mais de 6 a 8 anos para concluir seu tempo de
serviço iriam travar o quadro e que a apresentação da Emenda foi tratada às
escondidas sem chamar as categorias para discussões, o que podemos dizer dessa possível reunião fechada que foi realizada
nos mesmos moldes? E se permanece o Inciso IV do Art 32, qual foi a razão para
tanta resistência? O quadro não vai travar da mesma forma ou, quiçá, mais
ainda, já que esses 50% por meritocracia, teoricamente, vai favorecer aqueles
policiais mais novos que estão mais atualizados intelectualmente cujo muitos
são subtenentes?, disse.
“Ao
que parece, a jogada está sendo politiqueira, suja e rasteira da mesma forma
que muitos julgaram ter sido a atitude tomada por um grupo de mais de 400
policiais e bombeiros que se interessaram em fazer alguma coisa, mesmo que
paliativamente, para gerar um destravamento imediato nas promoções. As pessoas
ou grupos políticos envolvidos estão sendo tão desonestos como aqueles que eles
acusaram, fazendo a coisa na surdina e sem trazer benefícios, apenas enganando
mais uma vez as categorias. Se tinham boa vontade, porque não fizeram isso
antes e conclamando as categorias para o debate. Simples, “FARINHA POUCA, MEU
PIRÃO PRIMEIRO” e nesse caso, o governo é o cozinheiro, e muito mal cozinheiro!
A coisa vai ficar muito pior, podem ter certeza”,
afirmou a fonte.
Por último, mas não menos
nocivo, a proposta que estaria sendo costurada na surdina manteria o inciso II
do artigo 32, (exigência de curso superior) o que, de pronto, afasta um sem
número de policiais da possibilidade de disputar uma vaga no quadro de oficiais
administrativos, fato este completamente estranho ao que pregam os falsos
defensores da categoria que se referiam à manutenção do inciso IV como imenso
prejuízo. Há que se falar que a
manutenção dos incisos II e IV teria, segundo os componentes da reunião em
comento, a intenção de evitar que os mais antigos sejam promovidos e logo
entrem na reserva remunerada, ao passo que o “novinho” que seja promovido ao
quadro tenha mais tempo para servir ao Estado.
Outro assunto mencionado
pela fonte foi a questão da redução do interstício para as promoções de
dezembro próximo. Segundo ele, não há uma garantia do comando da corporação em
fazer essa redução e com isso muitos policiais não serão promovidos. A crise
econômica alegada pelo governador Rollemberg é outro fator que vai influenciar
nessa redução. Ao contrário do governo Agnelo (PT), essa é a terceira vez só
nesse ano que as reduções não são aplicadas no governo de Rollemberg
descumprindo as promessas dele em campanha que, inclusive, se comprometeu a
encaminhar ainda no primeiro ano de governo um novo Plano de Carreira.
Pelo visto a chama da
insatisfação da categoria vai ser alimentada com gasolina!
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