Uma data que jamais será esquecida na PMDF.

Quarta-feira, dia 18, fez um mês de nossa última reunião geral e nesse intervalo quantas coisas aconteceram. Na minha concepção aquele dezoito de fevereiro de 2014 entrou pra história e vou tentar explicar o porquê disso.

Na primeira reunião naquela manhã de sol em frente ao Palácio do Buriti se reuniram mais de 13 mil policiais e bombeiros para dizerem se aceitariam ou não a proposta do governo e, dentre esses milhares, também estavam centenas de oficiais fazendo uso de seu direito constitucional de expressar suas opiniões. Algo jamais visto na história das duas categorias, oficiais e praças de forma tão numerosa reunidos em uma praça pública lutando pela validação de suas convicções.

E sobre isso alguns devem ter pensado, se as praças eram maioria, obviamente, o que deveria prevalecer seria a vontade delas. Mas a conta não é tão simples assim, pois em outra reunião, na tarde do mesmo dia, no clube dos oficiais da PM, também estiveram reunidos milhares de praças e oficiais, que segundo informações passadas pelos seus organizadores eram cerca de 5 mil militares, que decidiram totalmente o contrário da reunião anterior. Ou seja, concordaram com a proposta do governo.

Com isso nos faz voltar ao pensamento anterior e levantar uma indagação: Por que na reunião ocorrida naquela manhã, com a participação de praças e oficiais, o resultado foi distinto da posterior, pois tanto em uma quanto na outra a maioria eram praças? Sim, pois segundo informações passadas pelos organizadores da segunda reunião existiam cerca de 5 mil presentes e que os verdadeiros policiais estavam lá. E mesmo se juntassem todos os oficiais das duas corporações não se conseguiria a maioria comparando com aquele número passado.

Então, na minha visão, essa é uma incógnita que nem o mais célebre dos matemáticos conseguirá nos desvendar, matematicamente falando. Agora de forma subjetiva creio que cada um sabe o porquê daquele desfecho, mas que muitos depois das medidas tomadas "pós aceitação" resolveram se resignar e guardar pra si.

Portanto, vou parafrasear uma frase dita pelo Capitão Nascimento no filme "Tropa de elite", que o sistema é "forte" e não será apenas com resignações ou mesmo com desabafos ou cobranças na redes sociais que o fará diferente. E a questão não é lutar para fazê-lo fraco, mas para torná-lo mais forte ainda, mas voltado para aquilo que verdadeiramente foi criado, servir a sociedade de forma igualitária e imparcial. E para se atingir isso deve-se começar internamente em favor de seus próprios membros, pois máquinas e armamentos não fazem o sistema funcionar sozinho.

Encerro dizendo para aqueles imediatistas, para alguns incrédulos e para a maioria de esperançosos, que não se muda algo tão encastelado do dia para noite e, no nosso caso, em apenas uma gestão de governo ou em um movimento de cerca de três anos. É preciso ter a consciência que aquilo foi apenas o começo e que foi provado que é possível mudar sim, apesar de forças antagônicas dizerem que não. Volto a repetir o que já disse em outros momentos, que esse foi e é o movimento mais inteligente existente entre categorias, pois não foi vencido nem com arbitrariedades, apesar de alguns dizerem o contrário. Mas, é necessário ter a convicção que tudo que aconteceu não foi em vão e tentar conseguir forças para continuar de cabeça erguida e olhando para a frente,consciente que fez o seu melhor e que há muito por fazer.

Portanto, enquanto a motivação não for restabelecida, que a verdadeira valorização não for atingida e também o reconhecimento da sociedade que prestamos sim um serviço de excelência e de extrema relevância, que os percalços que ora ocorreram sirvam apenas de estímulo para que continuemos na luta, mesmo que seja com estratégias renovadas.

Um abraço a todos.

ST EUSVAN (INDIGNADO)

NMU