Racha no governo de Agnelo Queiroz

Chegamos à um período pré-eleitoral onde prováveis candidatos fazem o possível para formar a opinião pública antes das eleições. Esta semana assistimos na Câmara Legislativa do Distrito Federal  - CLDF um verdadeiro racha na base governista, o deputado Patrício – PT que apesar de fazer parte da base governista deu uma verdadeira aula de como fazer oposição.

Com apenas um discurso que repercutiu como um terremoto junto aos lideres do Governo do Distrito Federal.

O motivo foi o suposto fechamento de pediatrias na cidade do Gama, região onde  Patrício tem base eleitoral. Sabe-se também do desgaste de Patrício junto aos Militares que estão insatisfeitos com salários e condições de trabalho e segundo fontes  Patrício não vem dando apoio suficiente a categoria.

Temos aqui um cenário complexo onde fontes palacianas comentam que o deputado Patrício estaria buscando um novo nicho eleitoral para que possa angariar os votos perdidos junto a corporação militar de forma a ter uma nova base eleitora e com isso depender menos dos votos da corporação para eleição.

Segundo informações obtidas junto a Secretaria de Saúde do Distrito Federal  a pediatria do Hospital do  Gama não será fechada conforme anunciado por Patrício, continuará funcionando normalmente a internação e emergência em pediatria com 15 médicos.

Já em Santa Maria, de fato, a pediatria está fechada. Mas a emergência não. A explicação é, dos 13 pediatras, 6 estão de licença ou seja é um fato que não depende da vontade da Secretaria de Saúde.

A Secretária de Saúde informou que para reverter esta situação, foi anunciado essa semana um concurso publico para contratar mais de 600 médicos disse também que o salário dos médicos foi reajustado em 65% para tentar atrair mais profissionais. O problema é que no caso da pediatria, pouquíssimas pessoas têm feito residência nesta área. Isso porque o lucrativo hoje é você ser neuropediatra, gastropediatra, etc. Ninguém quer ser simples pediatra. Todos querem se especializar num detalhe do corpo da criança.

Com isso, com o tempo, nem haverá mais essa especialidade no mercado. O que precisa ser criado é a carreira de “médico emergencista”, que é o profissional especialista em emergenciais. Dessa forma, a pessoa que tiver essa especialização vai poder atuar nas emergências com crianças, adultos e idosos e não teremos mais esse problema de falta de clínico geral ou pediatra.

Com todas as informações acima temos um cenário complicado e nebuloso onde se por um lado a Secretaria de Saúde tem dificuldades para repor médicos por outro lado a falta de política de ensino público em todo o País causa este problema  pois existe uma formação quantitativa de médicos insuficiente para atender a população.

Temos  uma grande demanda de pacientes para uma pequena quantidade de médicos e portanto  os escassos profissionais podem escolher onde trabalhar e o salário que querem receber.

Pelo lado político vemos alguns parlamentares da base governista esperneando em relação ao governo, por que não  fazem sempre denúncias em relação a todas as mazelas do governo, mas não apenas de suas bases eleitoras mas de todo DF?

Fonte: Blog do Cafezinho