Marginais
armados de fuzis “patrulham” as ruas da comunidade da Rocinha
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Cerca de 4 mil alunos estão
fora das salas de aulas no complexo da Rocinha, no Rio de Janeiro.
As operações da Polícia
Militar em seis comunidades do Rio, cujo objetivo é o combate à ação de
criminosos nessas áreas é realizado pelo Batalhão de Operações Especiais
(BOPE), Batalhão de Choque (BPChq), além do Batalhão de Ações com Cães (BAC).
As incursões nas favelas
acontecem um dia depois que as policias militar e civil estiveram na Rocinha,
após um fim de semana de confrontos entre bandidos de facções rivais. Nas redes
sociais circulam informações de que houve um toque de recolher. Além disso,
ônibus e vans estão impedidos de entrar na comunidade. O transporte está sendo
feito apenas por mototaxistas.
Segundo moradores, no fim da
tarde desta segunda-feira, um ônibus repleto de criminosos chegou à comunidade
para dar apoio aos traficantes locais, que tentam impedir invasão de bandidos
uma facção rival. Os homens armados teriam vindo de favelas do Complexo da
Maré, na Zona Norte do Rio. O acesso dos criminosos teria sido feito pela Rua
Um.
Traficante
Nem ordenou invasão da Rocinha de dentro de presídio federal em Rondônia
A polícia diz que a ordem para
invadir a favela da Rocinha, que vive dias de guerra entre traficantes, partiu
de bem longe do Rio. Mais precisamente a 3,4 mil quilômetros, da capital de
Rondônia, Porto Velho. Quem ordenou foi o traficante Antônio Francisco Bonfim
Lopes, o Nem. Preso em presídio federal de segurança máxima, ele mesmo assim
desafia as autoridades.
Nem não está satisfeito com
o substituto dele no comando do tráfico. Rogério Avelino da Silva, o Rogério
157, é o mesmo criminoso que, em 2010, invadiu um hotel de luxo na praia de São
Conrado. Ele acabou preso mas foi solto após uma decisão da Justiça em 2012.
Rogério
age como um miliciano. Impõe a cobrança de taxas para o comércio. Domina a
venda de gás, água mineral e carvão. Distribui sinal clandestino de TV a cabo e
internet e também cobra pedágio de mototaxistas e motoristas de vans que
circulam pela Rocinha.
Nessa guerra de bandido contra
bandido, Nem tentou de longe frear Rogério e colocar um aliado no comando do
tráfico na Rocinha, o que não deu certo.
Secretário
admite falha
Só nesta terça o secretário
de Segurança do Rio, Roberto Sá, falou da situação na comunidade –
mais de 48 horas depois da guerra entre traficantes.
A Rocinha já tem policiais
fixos desde 2012, quando foi instalada uma Unidade de Polícia Pacificadora. São
700 homens na unidade. No domingo (17), muitos não reagiram ao ver a disputa
entre traficantes da mesma facção que acabou virando uma guerra dentro da
comunidade.
As autoridades admitem que
não houve uma reação para evitar que isso acontecesse, apesar de saberem dos
planos dos bandidos.
“Eu cobrei do
comandante-geral o que pode ter acontecido, porque havia notícias da
inteligência dessa inquietação, dessa instabilidade com a possível racha
daquela facção e com essa instabilidade que ocorreu”, disse o secretário.
O grupo de pelo menos 100
traficantes saiu do Morro do São Carlos, no bairro do Estácio, que também tem
uma UPP, e foi até a Rocinha. Um percurso de 14 quilômetros, sem serem
incomodados. O secretário acabou reconhecendo: houve falha.
Repercussão
Vários foram os comentários
nas redes sociais. Alguns a favor da ação da polícia em não se meter nos
conflitos dos bandidos e outros criticando o Estado pela inércia diante do
caos. Veja abaixo um exemplo de comentário retirado das redes sociais:
“Essa guerra na Rocinha está
apenas descortinando quão hipócrita é boa parte de nossa sociedade! Vários
mortos, alguns queimados vivos, moradores baleados, moradores tendo seus carros
roubados, casas invadidas, tendo seus bens destruídos, MAS... NINGUÉM,
absolutamente NINGUÉM fala nada! Onde estão os artistas para fazer textão nas
redes sociais (e olha que eles deveriam estar preocupados, pois vem da Rocinha
a maior parte do pó que eles cheiram e da maconha que fumam)? Onde está o
incompetente e omisso chefe da Comissão de DH da ALERJ? Onde estão as
manifestações, ônibus queimados, moradores desocupados pedindo justiça? Onde
está aquele advogadozinho de porta de cadeia que só aparece se a vítima for
morta por agentes do estado? Onde ele está para ajudar as famílias dos mortos
nessa guerra? Onde estão os policiólogos, sociólogos, maconhólogos com suas
teses cretinas e estapafúrdias, falando daquilo que não sabe e não conhece?
Sabem por que do silêncio? Porque não é a PM que causou tudo isso! Dessa vez
não tem como colocar a culpa na Geni! Não foi a PM que matou ninguém (nem um
ajudante de pedreiro) então isso não dá mídia, não dá Ibope e principalmente
não da indenização para as famílias! Agora vemos todos atônitos verem mais de
60 vagabundos armados de fuzis patrulhando as ruas da favela, nossa que
absurdo! Mas quando colocaram alguém lá que barrou essa putaria, armaram para
ele e o tiraram de lá! Agora paguem o preço! E aguardem que vai ficar pior, em
breve quando eles vierem para o asfalto! Quem Sobreviver... verá! Texto de
Gilson Fernandes.”
Da redação, com informações
do Extra e G1/RJ
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