Segundo a Secretária de
Planejamento do GDF, Leany Lemos, se a Câmara Legislativa não aprovar até o dia
20/09 o PLC nº 122/2017, que trata da reforma da previdência, os salários dos
servidores do DF serão parcelados. “Se o projeto não for aprovado até essa
data, haverá parcelamento de salários já neste mês, tão certo como dois mais
dois são quatro“, afirmou a secretária
Duas folhas de pagamentos
estão sendo rodadas pelo governo. Uma com salários integrais e a outra com
pagamento de 75% no quinto dia útil e os outros 25% até o dia 15. Detalhe que
na proposta anterior isso só seria aplicado a quem recebesse salário acima de
7.500 reais. Agora atingirá a todos os servidores, exceto aqueles pagos com
recursos federais oriundos do Fundo Constitucional do DF.
No entanto, para que
Rollemberg possa executar essa medida terá que derrubar uma liminar impetrada
pelo Sindicato dos Servidores e Empregados da Administração Direta,
Fundacional, das Autarquias, Empresas Públicas e Sociedades de Economia MIsta
(Sindser) e que foi deferida pelo desembargador José Divino de Oliveira, do
Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) que determina a obrigatoriedade
do GDF em pagar os salários dos servidores integralmente até o 5º dia útil.
FALTA
CONSENSO ENTRE OS DEPUTADOS
Mas na Câmara Legislativa
não existe consenso. Deputados estão divididos e não sabem ao certo para que
lado correr. Se aprovarem o PLC da forma que veio do executivo local, estarão
colocando em risco suas futuras pretensões políticas para 2018, principalmente
a reeleição. Se não aprovarem, sofrerão retaliações de Rollemberg no que diz
respeito aos cargos comissionados que têm no governo. Essa semana, o PDT de Joe
Valle foi apunhalado com vários cargos sendo retirados pelo GDF. Por outro
lado, existe uma reforma da previdência alternativa, essa redigida pelos
próprios parlamentares, que pode, em tese, ser aprovada em plenário. Para
Rollemberg, essa proposta é completamente “inviável” e quer a qualquer custo a
aprovação do projeto encaminhado pelo governo.
Na reunião de líderes dessa
semana, o presidente Joe Valle (PDT) anunciou que a decisão do colegiado foi de
colocar o projeto para votação no próximo dia 19/9. Junto com ele, o
substitutivo elaborado pelos parlamentares, porém, para que isso aconteça a
justiça tem que liberar o projeto encaminhado pelo executivo.
OS
PRINCIPAIS PONTOS DO PLC Nº 122/2017
A proposta do Executivo
prevê a junção do Fundo Financeiro (FF) com o Fundo Capitalizado (FC). Hoje, o
FF mantém os aposentados que entraram nos quadros do governo até 31 de dezembro
de 2006.
Com 58 mil beneficiários e
52 mil servidores da ativa contribuintes, a reserva fechou 2016 com um rombo de
R$ 2,1 bilhões.
Já o FC tem 34 mil
funcionários da ativa contribuintes, que custeiam a aposentadoria de apenas 152
pessoas. Todos eles ingressaram no serviço público após 31 de dezembro de 2006.
Nesse caso, o superávit é de R$ 3,7 bilhões.
Além da fusão desses fundos,
o projeto do GDF cria uma previdência complementar para novos servidores
públicos. Se aprovado, o PLC n° 122 limitará a aposentadoria ao teto do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), hoje de R$ 5,5 mil.
Quem quiser ganhar acima
desse valor quando se aposentar terá que contribuir com uma aposentadoria
complementar.
A
PROPOSTA DO SUBSTITUTIVO
Os deputados distritais
elaboraram uma alternativa ao projeto do governo local. O documento prevê que o
Instituto de Previdência dos Servidores do DF (Iprev) restitua ao GDF o valor
pago a título de auxílio-doença de 2010 a 2016.
Ao longo desse período, o
instituto deveria ter arcado com as despesas dos segurados, da mesma forma como
acontece no Regime Geral de Previdência. No entanto, o GDF quitou a dívida do
auxílio, mantendo os recursos no Iprev.
Assim, o projeto dos
deputados propõe o reconhecimento de uma dívida do Iprev com o GDF de R$ 260,9
milhões. Em valores corrigidos pelo INPC, o montante chega a R$ 306,7 milhões.
Outra novidade da proposta
dos parlamentares é reter, até o fim do ano, 50% da contribuição patronal
destinada ao Fundo Capitalizado (FC), uma das duas reservas geridas pelo Iprev.
Esses recursos — que representariam um aporte mensal de R$ 27 milhões ao GDF —
seriam usados exclusivamente para pagar aposentadorias e pensões. Dessa forma,
o rombo atual seria amenizado.
O GDF considera a proposta
lesiva ao instituto. O Executivo afirmou ter realizado cálculos e constatado que
o déficit do fundo financeiro aumentaria R$ 445,7 milhões, caso o substitutivo
seja aprovado.
Da redação com informações
do Metropoles.com
Por Poliglota...
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