A tecnologia e os bóias-frias

Se por um lado ganhamos com a tecnologia que a cada dia se aprimora mais e mais, por outro retrocedemos em organização e valorização da mão de obra humana.

Enquanto gasta-se milhões com a tecnologia, o recurso humano é sacrificado ao ponto de fazer suas próprias refeições em pé, numa clara demonstração de descaso, desrespeito e falta de planejamento logístico com aqueles que na verdade deveriam ser os verdadeiros protagonistas de um grande espetáculo, promovendo a total segurança para o sucesso de sua realização.

Isso aconteceu ontem, sábado (17), na partida final do campeonato candango entre Brasília X Luziânia pelo campeonato candango, que também serviria como teste final para os jogos da Copa do Mundo mês que vem no Estádio Mané Garrincha. Seria a checagem final das exigências do “padrão FIFA de qualidade”.

Mas o que vimos não foi exatamente isso. Policiais militares escalados para o evento, que estava previsto para as 16:00 horas, chegaram ao estádio Mané Garrincha por volta de 10:30 horas. Sem local para se acomodarem, os policiais permaneciam no saguão de entrada, sem nenhuma estrutura que lhes permitisse o preparo para o início do evento.

As 12:00 horas os policiais foram liberados pelo comandante do policiamento para almoçarem, mas como não há restaurantes próximos, os policiais compraram quentinhas e almoçaram em pé, já que não havia local adequado para efetuarem suas refeições. Desumano. Verdadeiros bóias-frias no país do futebol.

Até quando essa falta de planejamento continuará acontecendo? Será que o governo e autoridades constituídas ainda não entenderam que mesmo com toda tecnologia ela não funciona sem a valorização do principal vetor, o recurso humano? 

Que venha a FIFA!!! E com ela a Copa dos insatisfeitos!!!

Poliglota...